Entre todos os avanços da medicina, a mamografia continua sendo a principal aliada na redução da mortalidade feminina por tumores mamários. Embora exista há décadas, a tecnologia evoluiu, tornando o diagnóstico ainda mais preciso. Hoje, ele é rápido, acessível e altamente eficaz na detecção de lesões pequenas, muitas vezes imperceptíveis em exames clínicos. Isso possibilita um tratamento precoce e aumenta significativamente as chances de cura.

“Os novos equipamentos melhoraram a qualidade do diagnóstico, reduzindo a necessidade de exames complementares ou de biópsias desnecessárias”, explica o oncologista Reno Paulo Kunz, diretor clínico do CEONC Hospital do Câncer de Cascavel. A mamografia 3D, por exemplo, realizada por tomossíntese, permite uma visualização mais detalhada da mama e amplia a precisão.
O tema recebe um apelo significativo neste mês, devido ao Dia Nacional da Mamografia, que foi instituído pela Lei nº 11.695 em 2008, justamente para reforçar a relevância do diagnóstico precoce. Celebrada em 5 de fevereiro, a data é um lembrete importante no calendário, mas vai além. A saúde deve ser prioridade o ano todo.

Prevenção é sempre o melhor caminho

O câncer de mama continua sendo a principal causa de morte entre mulheres no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou cerca de 73.610 novos casos anuais no período de 2023 a 2025, com uma taxa de incidência de 66,54 a cada 100 mil mulheres e aproximadamente 18 mil óbitos todos os anos em decorrência dessa doença.

“A boa notícia é que, quando descoberto precocemente, as chances de cura chegam a 98%. Além disso, o diagnóstico precoce possibilita um tratamento menos agressivo. É por isso que não temos dúvidas de que a mamografia salva vidas”, reafirma o doutor Reno.

Cobertura continua

Apesar das recentes discussões nacionais sobre a faixa etária e a frequência do rastreamento mamográfico, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) confirmou, no fim de janeiro, que não houve alterações nas recomendações para a realização do exame até o momento.

Para o doutor Reno, manter essa diretriz é essencial para evitar a insegurança entre as pacientes e seus familiares. “Qualquer mudança precisa ser baseada em evidências científicas sólidas, sempre priorizando a saúde das mulheres. Seguimos com a mesma recomendação e a cobertura garantida”, ressalta.

A manutenção do protocolo também se justifica pelos dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), que apontam que aproximadamente 40% dos casos no mundo são diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos.

Para quem é indicado o exame?

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) segue recomendando o rastreamento anual para mulheres entre 40 e 74 anos. No CEONC, pacientes dentro dessa faixa etária podem agendar o exame gratuitamente, sem necessidade de encaminhamento pelo SUS.

Para mulheres mais jovens, a mamografia deve ser solicitada por um médico, com base na avaliação individual de fatores de risco. “Em alguns casos, como a presença de nódulos ou histórico familiar, a indicação pode ocorrer antes dos 40 anos. Quando há parentes de primeiro grau – mãe, irmã ou filha – que tiveram câncer de mama, o risco pode ser maior do que na população geral. Nesses casos, recomenda-se iniciar a mamografia cerca de dez anos antes da idade em que a doença foi diagnosticada no familiar mais jovem. Cada situação deve ser analisada individualmente”, explica o oncologista.

Exame rápido e seguro

A mamografia é um exame simples, rápido e seguro, realizado com um aparelho de raio-X chamado mamógrafo. O procedimento completo dura cerca de 20 minutos e, ao contrário de alguns mitos, não causa dor intensa ou sequelas.

Além disso, no CEONC, as pacientes são assistidas por uma equipe altamente treinada e acolhedora, garantindo conforto e segurança.

Como agendar

O CEONC realiza exames de mamografia durante todo o ano. Para agendar basta acessar o site ceonc.com.br/ceonc/exames/mamografia-exame e escolher a melhor data. O atendimento está disponível em Cascavel e Francisco Beltrão.