Diversos são os fatores que podem levar ao surgimento do câncer. A origem pode estar associada a causas internas, como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, entre 80% e 90% dos casos estão ligados a causas externas, ou seja, mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, hábitos e comportamentos que podem resultar em diferentes tipos de câncer.

O médico oncologista do CEONC Hospital do Câncer, doutor Fábio Araújo, explica que apesar de ser um fator de risco, são raros os casos que estão associados exclusivamente à genética.

“As condições de habitat, ambiente de trabalho, consumo de alimentos e medicamentos e comportamentos sociais e culturais, podem influenciar na alteração da estrutura genética das células. Alguns fatores genéticos tornam determinadas pessoas mais vulneráveis aos agentes cancerígenos ambientais”, explica.

A título de exemplo, o médico cita o tabagismo, que pode provocar câncer de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago.

“O cigarro libera no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas prejudicando o fumante e o não fumante”, alerta.

A má alimentação, com excesso de gordura, açúcar e conservantes desencadeia uma série de doenças como colesterol elevado, diabetes e, também, o câncer.

“Bons hábitos alimentares devem incluir a ingestão de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões, que são os principais alimentos com poder de prevenção. Esses alimentos podem evitar o desenvolvimento de câncer”, comenta.

Ainda de acordo com o doutor Fábio, o sedentarismo é outro fator que merece atenção.

“Caminhar, correr, fazer academia, dançar, praticar um esporte, entre outras opções, é indispensável para manutenção da saúde em geral e do peso corporal adequado, pois estar acima do peso também aumenta as chances de câncer”, enfatiza o doutor.

Além desses fatores, o médico citou, ainda, a ingestão de bebidas alcóolicas, exposição excessiva aos raios solares e não realização de exames preventivos e evitar consultas ao médico prejudicam o tratamento, caso alguma suspeita seja identificada e diagnosticada.