Tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais aumentam risco de câncer de colo de útero
01/03/2022 11:24 por CeoncEstamos na Campanha Março Lilás
Tabagismo, uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros são os principais fatores que aumentam o risco do câncer de colo de útero, a terceira doença comum entre as mulheres. No Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) de 2020, a estimativa é de 16.710 novos casos a cada 100 mil mulheres.
Diante disso, durante todo o mês de março ocorre a campanha Março Lilás, que visa fazer um alerta sobre a necessidade de conscientização, prevenção e combate à doença, causada pela infecção persistente por alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano).
“A infecção genital por esse vírus é bem frequente e na maioria das vezes não causa doença. Mas, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer”, explica a médica oncologista do CEONC Hospital do Câncer de Cascavel, doutora Michelle Herrmann.
As alterações são descobertas por meio de exame preventivo e são curáveis em quase todos os casos. É por isso que é essencial que as mulheres façam esses exames com regularidade.
“A prevenção da doença também está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV. Uso de preservativos nas relações sexuais e também vacinação contra o HPV em adolescentes são algumas das principais formas de evitar o contágio”, ressalta.
O câncer de colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento e pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, as mulheres podem ter sangramento vaginal intermitente ou depois da relação sexual; secreção vaginal anormal e dor abdominal, associada a queixas urinárias ou intestinais. O diagnóstico pode ser feito por meio de exame pélvico, exame preventivo, colposcopia ou biópsia.
“O tratamento para cada caso precisa ser avaliado e orientado por um médico. A paciente pode precisar de quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Tudo vai depender do estágio de evolução da doença e do tamanho do tumor, além da idade da paciente”, conclui a médica oncologista do CEONC Hospital do Câncer, doutora Michelle Herrmann.