Quando algum familiar está com câncer, é comum que cônjuges, pais, filhos ou irmãos se tornem cuidadores, atuando como verdadeiros guias do paciente, sem ser remunerados por isso.
Essas pessoas têm papel essencial no tratamento e na atenção a paciente, podendo influenciar diretamente no bem-estar físico e emocional deste. Porém, antes de assumir tal responsabilidade, mesmo que haja total vontade e empatia, é preciso estar atento a algumas orientações. Confira:
– Antes de assumir o posto de cuidador, por melhores que sejam as suas intenções, pergunte ao paciente se ele se sente confortável com isso;
– Caso tenha dúvidas, não hesite em compartilhá-las com o médico responsável pelo caso. Durante as consultas, por exemplo, você pode levar as dúvidas anotadas para não correr o risco de esquecer;
– Não force desabafos ou conversas. Muitas vezes, o paciente oncológico precisa de um momento recluso. É o tempo necessário para ele digerir informações, processar as mudanças na vida ou simplesmente ficar mais tranquilo, sem companhias, para amenizar dores e desconfortos. Por isso, não fique forçando o contato – respeite o tempo e a solidão do paciente;
– Fique atento aos sinais. Durante o tratamento, é muito comum que o paciente se isole, mas caso esses isolamentos fiquem muito frequentes, a procura por um profissional da saúde mental se faz necessária. Isso também pode acontecer quando a recusa pela alimentação se torna usual e é preciso buscar um nutricionista. Por isso, fique sempre atento aos sinais.
Cuide, mas não se esqueça de você!
Quando estamos cuidando de alguém, há uma grande tendência que esqueçamos de nós mesmos. Não deixe isso acontecer. Cuide de si, tire um tempo válido para descanso e não se deixe de lado.
O grande desafio é não comparar a sua situação a do paciente e, com isso, deixar as suas necessidades sempre para trás. Lembre-se de que para cuidar bem, é preciso que você esteja bem. Por isso, cuide da pele, da saúde, do bem-estar… Não deixe que você fique de lado!