O câncer de pele é responsável por altas taxas dos diagnósticos e representa 33% somente no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia e, por isso, é um dos que mais preocupa e demanda a atenção das pessoas, principalmente por apresentar altas chances de cura nos casos de diagnóstico precoce, além de ser altamente prevenível.

Há dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não melanoma. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas.

Já o câncer de pele melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e é mais frequente em adultos brancos. Embora o câncer de pele seja o mais frequente no país, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É, no entanto, o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).

“É importante salientar que os raios solares não estão presentes apenas quando o dia está ensolarado. Por isso, o uso do protetor solar deve ser constante. Para a aplicação, o indicado é que seja utilizado pelo menos três dedos de protetor: a pessoa deve esticar os dedos da mão e aplicar de forma longitudinal nos dedos indicador, médio e anelar, aí é só espalhar pela face, não esquecendo de também aplicar nas orelhas, pescoço, colo e outras áreas que poderão estar expostas, dependendo da roupa que for escolhida”, instrui a médica oncologista do CEONC Hospital do Câncer, doutora Jordana Yaguchi Resende.

A aplicação deve ser refeita sempre que houver contato com a água, suor excessivo ou quando tiver decorrido mais de 4 horas. Nos casos em que a pessoa for em piscinas ou praia, as indicações são ainda mais específicas.

Câncer de pele

Hoje, no Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 185 mil novos casos de câncer de pele são registrados anualmente. Os fatores de risco, que aumentam a predisposição para doença, incluem itens como pele clara, histórico familiar positivo para câncer de pele, exposição prolongada e repetida ao sol e exposição a técnicas de bronzeamento artificial, por exemplo.

Para pessoas que possuem um ou mais destes fatores, o indicado é que haja pelo menos uma visita ao médico dermatologista anualmente. Na consulta preventiva, o médico irá observar o aspecto geral da pele, além de poder dar atenção especial às lesões mais comuns, como pintas e manchas.

Metodologia ABCDE

A recomendação padrão é que cada pessoa se olhe no espelho e faça uma espécie de autoexame da pele. Neste processo, todas as pintas e manchinhas devem ser analisadas com cuidado especial e com base na metodologia ABCDE, que sinaliza quatro pontos de alerta: o“A” é de Assimetria e significa que se a mancha é assimétrica o tumor pode ser maligno; o “B” é de Borda, e se ela apresentar extremidades regulares há a possibilidade de um tumor benigno; no “C” é preciso observar a cor, e caso ela tenha dois tons ou mais existe a chance de que seja maligno; na letra “D” a dimensão é o ponto a ser observado, e se ela for inferior a 6 mm, provavelmente, o diagnóstico é benigno; e por último, o “E” é de evolução, então se a mancha cresce e muda de cor, há a possibilidade de um tumor maligno.

Prevenção

No cotidiano, além do protetor solar aplicado de forma adequada, outras formas de prevenção podem ser adotadas. Conforme explica o diretor técnico médico do CEONC, o médico oncologista doutor Reno Paulo Kunz, são pequenas atitudes do dia a dia.

“Bonés, chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV podem fazer a diferença. Em especial na vida de produtores rurais, que estão praticamente todos os dias trabalhando ao ar livre. Ao usar estas barreiras de proteção, a pessoa bloqueia a incidência direta dos raios solares e se previne de forma muito importante”, recomenda.

Ele ainda indica o uso de outros tipos de proteção.

“Quando o trabalhador rural vai ficar exposto ao sol, indicamos o uso de protetores de pescoço e até roupas com mangas mais longas. Sabemos que em dias de calor intenso, estratégias como essas não são muito confortáveis, mas a prevenção e a certeza do cuidado com a pele compensam as horas de desconforto”, pondera.

Tratamento

Segundo o doutor Reno Paulo Kunz, as estruturas das unidades de Cascavel e Francisco Beltrão estão preparadas para atender pacientes com os dois tipos de câncer de pele. “Nesses 30 anos de atuação, o CEONC se consolidou como um hospital referência em tratamento do câncer. Realizamos constantes investimentos em tecnologia e qualificação para nos mantermos na vanguarda da Oncologia”, comenta o doutor Reno.

O paciente consegue realizar diagnóstico da doença com facilidade e agilidade. Em poucos dias, confirmada a presença do câncer, inicia o tratamento, que pode envolver cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. Cada caso é avaliado e a escolha do encaminhamento leva em conta as particularidades para os melhores resultados ao paciente.

 “É relevante destacarmos que contamos com um serviço avançado de radioterapia, cujo diferencial inquestionável é a tecnologia. Nosso acelerador linear Elekta Infinity possibilita tratamentos com melhores resultados em menos tempo, além de poupar áreas saudáveis do corpo”, comenta o médico.

Outro ponto positivo que diferencia o CEONC é a disponibilização do PET/CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons/Tomografia Computadorizada). O equipamento é usado no estadiamento do câncer, no controle da resposta terapêutica e no controle da recorrência tumoral. “O PET/CT é um dos equipamentos que compõem nosso serviço de imagens. É um dos nossos diferenciais que tornam o hospital um centro completo de saúde focado na Oncologia”, finaliza Reno Kunz.

O CEONC realiza diagnóstico e tratamento do câncer pelo SUS, convênios e particular.