Câncer de próstata: como diagnosticar e tratar?

Campanha do Novembro Azul reforça campanha de conscientização

Novembro é o mês escolhido para alertar o público masculino sobre o câncer de próstata, uma glândula localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, que envolve a parte superior da uretra, por onde passa a urina. A doença, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), aparece de forma lenta e pode chegar a nem dar sinais, mas, em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte.

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Para investigar a doença, o médico realiza o toque retal para avaliar o tamanho, forma e textura da próstata, com a introdução do dedo, protegido por uma luva, no reto do paciente. Outra possibilidade é o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico (PSA), que mede a quantidade de proteína produzida pela próstata. Níveis altos dessa proteína, acima de 4, podem significar câncer, mas também doenças benignas da glândula. Para confirmar a doença é necessário fazer biópsia, que é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

No caso positivo da doença, o tratamento é feito por meio de uma ou de várias modalidades/técnicas, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com a radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso.

Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos e quimioterapia.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).