Câncer de Pulmão: diagnóstico precoce reduz riscos

Maior incidência da doença é na faixa etária entre 50 e 70 anos de idade

O dia 1º de agosto foi escolhido como o Dia Mundial de Combate ao Câncer do Pulmão, doença que registra 1,8 milhão de novos casos anualmente, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Cascavel, o CEONC Hospital do Câncer é referência no tratamento supervisionado, com plano de tratamento adequado conforme a necessidade de cada paciente.

A médica Rádio-oncologista, doutora Paula Soares, cita que, apesar do câncer de pulmão ser uma doença com alto índice de mortalidade, quando diagnosticado em estágios iniciais, apresenta chances de cura. Nos últimos anos, segundo ela, houve avanços no controle da doença com o desenvolvimento de novas terapias alvo e imunoterapia.

“É essencial que o tratamento seja supervisionado e conduzido por uma equipe médica especializada para avaliar situação do paciente individualmente e criar um plano de tratamento adequado às suas necessidades específicas. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo e terapias de suporte”, explica.

A radioterapia, por exemplo, é uma importante opção no tratamento do câncer de pulmão, podendo ser indicada desde os estágios iniciais até os avançados. Nos estágios iniciais, destaque para a radioterapia estereotática corpórea (SBRT), que é um tratamento curativo para tumores iniciais em pacientes que não podem ser operados ou que preferem tratamento não invasivo. São utilizadas altas doses direcionadas ao tumor pulmonar com objetivo curativo.

O tabagismo, segundo a médica, é a principal causa de câncer de pulmão. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é responsável por cerca de 90% das mortes de câncer de pulmão e tem relação com vários outros tipos de câncer e de doenças, como o infarto agudo do miocárdio (IAM), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O cigarro contém mais de 60 substâncias com potencial cancerígeno, atua diretamente no DNA celular e favorece o surgimento de neoplasias malignas.

“Os pacientes com mais de 55 anos e que têm histórico de tabagismo ou que pararam de fumar há pouco tempo, podem discutir com seus médicos a possibilidade de realização de tomografias de rastreio, com o objetivo de diagnosticar precocemente o câncer de pulmão, antes mesmo que ele apresente sintomas”, explica.

Para minimizar os riscos do câncer de pulmão é necessário adotar algumas medidas para evitar os fatores de risco e adotar um estilo de vida saudável, como não fumar, praticar atividades físicas regularmente, ter uma dieta equilibrada e saudável, evitar o tabagismo passivo e a exposição à agentes químicos, como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio e urânio, presentes em determinados ambientes de trabalho.