Doação de medula óssea: uma ação que pode salvar vidas!

A medula óssea é um tecido líquido encontrado no interior dos ossos.

Pacientes com doenças de sangue, como leucemia, linfomas e alguns tipos de anemia, podem precisar do transplante de medula óssea. Em alguns casos, essa é a única opção de tratamento. Porém, encontrar um doador compatível pode levar tempo. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), no Brasil as chances de se encontrar um doador compatível entre irmãos é de 30%, e na população geral as chances aumentam de 1 em 100.000 habitantes.

Importância da medula óssea

A medula óssea é um tecido líquido encontrado no interior dos ossos. Ela produz as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas), as quais desempenham diversas funções, como: proteger o organismo, transportar oxigênio e coagular o sangue em caso de vaso danificado.

Em quais casos o transplante é indicado

O transplante pode ser o tratamento para algumas doenças que afetam o sangue. Por exemplo, leucemia, linfomas, anemias, hemoglobinopatia, imunodeficiência, mieloma múltiplo, entre outras. A indicação do tratamento é feita pelo médico responsável. Em geral, quando o transplante de medula óssea é necessário, ele é o único meio de salvar o paciente.

Quem pode ser um doador

Para se tornar um doador de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue e não apresentar história de doença neoplásica, hematológica ou autoimune. Se todos os requisitos forem cumpridos, basta fazer um cadastro no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).

Como se cadastrar no REDOME

O REDOME conecta doadores voluntários a pacientes que precisam do transplante de medula óssea. Para se cadastrar, o doador deve ir ao hemocentro, apresentar um documento de identidade e preencher um formulário. Além disso, precisará coletar uma amostra de sangue de 10 ml para o exame de tipagem HLA, o qual identifica a compatibilidade do doador com o paciente. A lista de hemocentros para cadastro pode ser encontrada aqui.

Todas as informações genéticas dos doadores e dos pacientes são cruzadas. Uma vez identificado um transplante compatível, o doador é contatado e convidado a realizar novos exames. Em caso de confirmação de compatibilidade, a doação é agendada. Este processo costuma levar 60 dias e não é necessária nenhuma mudança de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.

O processo de doação de medula óssea

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro que pode ser realizado de duas maneiras: pela coleta direta da medula óssea ou pela aférese, na qual as células são retiradas do sangue.

Na coleta direta, parte da medula é retirada do osso ilíaco, na região da bacia, com anestesia. Já na aférese, uma medicação estimula a liberação das células-tronco para o sangue periférico. Então, as células são filtradas e coletadas em um processo semelhante à doação de sangue. Em ambos os casos, o corpo repõe as células doadas rapidamente e o procedimento não traz riscos significativos ao doador.

Uma atitude que salva vidas

Ao se cadastrar como doador de medula óssea, é possível salvar vidas e contribuir para a cura de pacientes que estão hospitalizados no Brasil e no mundo, até mesmo no CEONC Hospital do Câncer. Quanto mais pessoas cadastradas, maiores as chances dos pacientes encontrarem doadores!